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Entre as margens da vida, eu sigo persistente; em meu leito carrego as dores do passado a pensar num futuro alegre e diferente, querendo sempre ter amor de cada lado. Muito cascalho e pedra encontro a minha frente, ficando eu mui covarde e sempre desolado; mas um doce cantar me faz bem sorridente, pois não quero viver tristonho e abandonado. E assim eu vou traçando as linhas do destino onde prazer me falta e me sinto franzino. Porém, sempre sorrindo, eu nunca me desvio, pois sei que se te achar a amargura me invade: tuas lágrimas são apenas falsidade, vindo eu a ser de novo aquele triste rio. Todos os Direitos Reservados 05/11/2004
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