O
concurso, como meio para seleção de valores, é
realmente uma instituição de primeira ordem.
Infelizmente, porém, está inteiramente
desmoralizado, pelas chicanas e pelos truques a
que se presta.
É muito raro, nos nossos dias, realizar-se um
concurso integralmente sério, em que o pistolão
não determine a palavra de ordem sobre a
classificação a que devem obedecer os resultados
finais.
Diante disso, ninguém tem que se admirar do que se
passou num bairro afastado de Nova Iorque, em cujo
teatro se realizou um
"Concurso Charles Chaplin".
O candidato que melhor e mais perfeitamente
imitasse Carlitos ganharia uma taça de prata. Eram
muitos os concorrentes. Por isso mesmo, o pistolão
meteu-se no concurso, pois, a taça era de prata
verdadeira.
Sabedor do certame e querendo pregar uma peça no
público, nos organizadores e nos demais
candidatos, Carlitos resolveu tomar parte no
concurso para se imitar a si mesmo.
E foi classificado...
em segundo lugar!
(in: Anuário das Senhoras - Ano XVIII - 1951) |