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Trago-te versos, sonhos concebidos,
nascidos bem no fundo do meu ser.
Lá dentro, eles dormiam esquecidos,
esperando o momento de nascer.

 

Por certo estavam eles escondidos,
guardados sem eu mesma perceber.
Tocaste suavemente os meus sentidos,
com palavras, mostrando o teu poder.

 

Vieste na minha alma remexer,
fazendo o que era noite amanhecer,
acordar, descobrir em mim a esteta.

 

Despertaste, num golpe de magia,
aquilo que nem mesmo eu conhecia:
também eu poderia ser poeta .

 

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03/09/2005

 

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