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Eras na minha infância

uma alegria cobiçada

e com enorme ansiedade

por mim sempre aguardada.

Eras o prazer da criança inocente

de espírito brincalhão,

sem nenhuma preocupação.

Tua alegria, muitas vezes aparente,

passava para toda gente

uma forma lúdica bem diversa

de jogar o jogo cênico da vida.

E com teu jeito atraente,

sem nenhuma vaidade,

a todos ofertavas

um sentimento grátis de felicidade.

Mas eu cresci...

E tu te foste...

Surgiram então desalentos e decepções,

deixando em mim amargas desilusões.

Embaciados, já não riem mais meus olhos,

agora  parados e transfigurados.

Tua ausência deixou um  enorme pesar

  no vazio sem consistência

de minha amarga existência.

De tua figura, restou a saudade;

mas , com enorme ternura,

ficou para sempre gravado

de teu rosto

um indelével traço,

ó meu querido palhaço!

 

Todos os Direitos Reservados

 

 

Poema escrito pela Profª e Poetisa Alda Corrêa Mendes Moreira,

em homenagem ao saudoso palhaço Carequinha, que na foto acima,

aparece à paisana. Evento realizado no dia 05/04/1999

 

 

 

04/06/2003