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Passei por ti várias vezes.

Por mim passaste outras tantas...

Eras nova, esplendorosa.

Desconhecias, talvez,

e eu também,

a tua importância.

Andavas em mãos

que desconheciam teu valor

e te causavam tanta dor.

Sofrias...Sofrias...Sofrias...

Mãos te apertavam

mãos te alisavam

e te sacrificavam,

deixando-te cansada

anulada

sem personalidade

 sem identidade.

Encontro-te agora novamente.

Sem a tua virgindade.

Amassada.

Maculada.

Desejo-te, entretanto.

Almejo-te como nunca.

Quero-te como és: PAPEL.

E como estás: FOLHA AMASSADA.

Não quero me calar,

pois tenho um TEXTO

para te ofertar!