"O
que tem
duas
túnicas,
dê uma
ao que
não
tem”.
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12/12/2010
S. João
Batista
(Lc.,
3,11)
O suíço
Jean
Ziegler,
professor
na
Universidade
de
Genebra,
critica
a idéia
de Adam
Smith de
que a
riqueza
não se
adquire
de
ninguém.
E
argumenta:
os
bilhões
de
dólares
que se
acumulam
nos
bancos
suíços
não
vieram
do
espaço.
Vieram
do
Brasil,
do
Zaire,
Filipinas
e de
outros
países
do
Terceiro
Mundo.
São o
sangue e
a
miséria
de povos
da
África,
da Ásia
e da
América
Latina.
O cientista brasileiro Josué de Castro considerava que o subdesenvolvimento
de uns
era um
produto
do
desenvolvimento
de
outros.A
pobreza
é apenas
o
reverso
da
afluência.
O professor suíço e o sábio brasileiro encontram respaldo na
ciência
física.
É uma
verdade
decorrente
da
primeira
lei da
termodinâmica
que o
homem
não tem
capacidade
para
criar ou
destruir
matéria
ou
energia.
Em
conseqüência,
não há
forma de
aumentar
o
estoque
de
riqueza
do
Planeta.
Se uma
parcela
da
humanidade
acumula
riquezas,
isso se
faz a
expensas
das
outras
parcelas.
Há mais de mil e seiscentos anos, S. Basílio Magno, que não sabia
nada de
termodinâmica,
pregou:
“Ao
faminto
pertence
o pão
que você
guarda
em seu
armário.
Ao homem
nu, o
agasalho
que jaz
pendurado
e que
você não
usa. Ao
que anda
descalço
pertencem
as
sandálias
que
estão se
estragando
em sua
prateleira.
O
dinheiro
acumulado
por você
pertence
aos
miseráveis”.