Tenho
diante
de mim
uma
cópia
fotográfica
do
quadro “
São
Martinho
e o
mendigo”,
pintado
por
Domenikos
Theotokopoulos.É
belo
como
tudo que
pintou
esse
fabuloso
Domenikos,
denominado
El Greco.
Entretanto,
não
traduz
exatamente
o que
foi o
despojamento
do
retratado.
El Greco
nos
apresenta
Martinho
vestido
como um
cavaleiro
espanhol
do
século
XVI,
usando
uma bela
armadura.
Na
verdade,
Martinho
viveu no
século
IV.
Nascido
na
Panônia,
atual
Hungria,
alistou-se
no
exército
romano e
foi
servir
na
Gália,
onde
chegou
em 338,
com 20
anos.Na
condição
de
soldado,
seu
agasalho
era o
manto
militar
usual
Num dia
de
rigoroso
inverno,
Martinho
aproximava-se
de
Amiens,
quando
encontrou
um
mendigo
esfarrapado,
tiritando
de frio.
De
imediato,
puxou da
espada,
cortou
sua capa
e deu
metade
àquele
homem
quase
nu.
A capa
de
Martinho
ficou
célebre
e deu
nome ao
oratório
em que
foi
colocada:
capela (
do latim
cappella,
diminutivo
de cappa).
Daí em
diante,
essa
designação
se
estendeu
a
oratórios
similares
e até a
pequenas
igrejas.
Martinho
tornou-se
monge e
veio a
ser
Bispo de
Tours.
Fundou
inúmeros
mosteiros
e seu
culto se
difundiu
em toda
a Gália.
Não sei
se
existe
um
padroeiro
da
partilha,
mas não
vejo
melhor
candidato
ao
título
do que
Martinho.
Ele
soube
praticar,
como
poucos,
o
preceito
bíblico
de amar
o
próximo
como a
si
mesmo.
No mundo
de hoje,
chegamos
a tal
extremo
de
concentração
da
riqueza
que,
segundo
o
Programa
das
Nações
Unidas
para o
Desenvolvimento
( PNUD),
358
indivíduos,
os
maiores
milionários
do
Planeta,
acumularam
uma
fortuna
equivalente
a tudo
quanto
possui a
metade
da
população
mundial.
Encaminhamo-nos,
celeremente,
para o
agravamento
da
situação
e só o
amor
fraterno
pode
evitar o
extermínio
de
bilhões
de seres
humanos
excluídos
de
qualquer
participação
nos bens
deste
mundo.
Prof.
José
Lisboa
Mendes
Moreira
Todos os
Direitos
Reservados
Angela Stefanelli de Moraes -
Webdesigner
02/09/2012