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              Mas afinal!: está morrendo a poesia?...

                 A pergunta não é recente, embora não seja antiga.

            Entretanto, podemos dizer que, após o surto romântico, ela não chegou a revestir-se daquela beleza que produziu Vitor Hugo na França, Carducci na Itália, Junqueiro em Portugal e Castro Alves no Brasil – não esquecendo, pela sua projeção em língua espanhola, a figura de Rubén Dario.

         Existe, de fato, e não apenas em teoria, uma reação poderosa contra a poesia utilitária da maioria dos artistas de hoje ou que se chamam”artistas”...

        A sensibilidade do público não se harmoniza com a rasteirice de certas fórmulas ditas “poéticas". Note-se, aliás,que a razão é inimiga, não da forma estranha, do verso moderno; ela combate a inferioridade apavorante das próprias inspirações, afogadas em materialismo.

        Benditos sejam os autênticos poetas da poesia autêntica!

      Eles nos dão, com a ternura dos seus sonhos, a consoladora ilusão de que o mundo é formoso, de que o amor é eterno, de que a vida é uma viagem feliz...

    E, afinal, esses pastores de ritmos, esses criadores de sensibilidade, fazem bem ao nosso coração! Olvidamos as coisas tristes da realidade; purificamos o pensamento; sentimos a grandeza da arte e da bondade... A poesia...

         Não morrerás, poesia! Porque tu és.para o homem desses dias, e de todos o tempos, um refúgio de luz na escuridão do materialismo!

 

 

 
 

20/10/2005