A vida, manso lago
azul algumas
Sobre ele, quando
desfazendo as brumas
Um dia, um cisne
morrerá, por certo:
Que o cisne vivo,
cheio de saudade,
Rio de Janeiro
(1872- Bom
Jardim-
1949-Niterói)
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15/07/2006
Vezes, algumas
vezes, mar fremente,
Tem sido para nós,
constantemente,
Um lago azul, sem
ondas, sem espumas.
Matinais, rompe um
sol vermelho e
quente,
Nós dois vagamos,
indolentemente,
Como dois cisnes de
alvacentas plumas.
Quando chegar esse
momento incerto
No lago, onde talvez
a água se tisne,
nunca mais cante,
nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao
lado de outro
cisne...